sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Estupro Mental

“Alguns professores abusam de seu poder em classe: preocupados apenas em dar aula, impóe seu conhecimento, sem verificar se os alunos estão preparados para recebê-lo.”

Que o Sistema Educacional Brasileiro está longe do ideal, todos nós sabemos, mas isso não é motivo para o professor se acomodar. Como educadores devemos desde já planejarmos essas mudanças e fazer o melhor possível.
O estupro mental é uma prática que constitui um dos piores ranços do passado e, certamente, está condenado à extinção.
O professor estuprado mental, na verdade, não liga para a classe e nem se quer avalia o estado do aluno, sem notar também que as classes têm oscilações no estado de ânimo. O estuprador mental mantém seu comportamento-padrão e faz o que está habituado fazer: entra e sai da sala de aula, despejando matéria, independente de que estiver acontecendo, quase sempre metódico. Esse professor tem ritual para tudo. Na realidade, nem liga para a classe. Porém, o professor estuprador não questiona sua eficiência, sendo muito organizado internamente e com tendência a auto-suficiência, acredita que os errados são os outros.
Podemos, isoladamente, obter exceções, pois numa classe grande, talvez alguns “gatos pingados” consigam aprender assim. A maioria, contudo, desliga-se da aula, dorme, sai da sala, não interage com esse tipo de educador. E a classe rende muito mal porque foi “violentada”.
O docente dando conta que está agindo como estuprador mental pode alterar o seu comportamento.
E existem várias maneiras: ao iniciar uma aula relembrar a aula dada anteriormente, e/ou até mesmo exercitá-la, colocando-a na prática do dia-a-dia dos alunos, pois é o uso consciente que transforma a informação em conhecimento, e este em sabedoria.
O professor lucrará muito quando conseguir fazer ao mesmo tempo: unir a matéria à vida prática. E os alunos também!
Muitos jovens têm conhecimentos, mas não são sábios porque não os exercitam. Talento apenas não é suficiente, como não bastam os conhecimentos interiorizados. São como pérolas dentro de ostras. É preciso saber comunicá-los, colocá-los em prática e o professor ao ouvir os alunos demonstrar humildade vantagens de aprender sempre. É ensinar aprendendo!!! Esse exercício diário favorece não só a inteligência lógico-matemático-linguística, como também o desenvolvimento de recursos para a expressão verbal do pensamento, que talvez caibam numa prova.
O Educador tem que cumprir o papel semelhante ao de um mestre, auxiliando no processo de transformação de conhecimento em sabedoria.



Fonte: resumo do capítulo 7 do livro Ensinar Aprendendo, de Içami Tiba, realizado com trabalho para a minha Licenciatura de Matemática.

Nenhum comentário: