terça-feira, 25 de novembro de 2008

Filosofia Contemporânea: sua importância e aplicabilidade prática

A Filosofia Contemporânea apesar de não ter um marco preciso de início, é consideravelmente de curto período de existência. Vários autores demarcam vários possíveis inícios para ela, havendo assim algumas divergências. Por exemplo, uns defendem a Revolução Francesa (final do século XVIII), outros a Revolução Industrial (segundo meado do século XIX), entre outras opiniões. Contudo, o que mais importa é seu forte teor de mudanças de concepções filosóficas, onde várias correntes de pensamentos convivem lado a lado, se transformam muito rapidamente dentro de suas próprias estruturas, e concepções de todos os períodos filosóficos anteriores são questionados.


Este período é marcado formação das ciências humanas, pois a realidade social, e conseqüentemente a forma de concepção do mundo, ou seja, a cosmologia. Sendo assim, o ser humano, como ente filosófico, passa ser cada vez mais incorporado nas correntes filosóficas.


Outro elemento marcante é História se fortalecendo, mais do que nunca antes, como uma das principais bases destas correntes, destacando-se neste sentido, principalmente Marx, com o materialismo histórico, Hegel, entre muitos outros.


Quatro correntes principais, sem considerar o caso a parte do Marxismo, se destacam a Filosofia Analítica, a Femonologia, a Estrutural e a Pós-Estrutural, sendo levemente extensa suas definições e contextualizações para denota-las no presente texto.


Porém, é importante salientar que na transição do século XX para o XXI “ocorre uma multiplicidade teórica que talvez fosse melhor captada sem que se tentasse submete-la a um rótulo totalizante”, segundo Luiz Carlos de Morais Junior, contudo, prossegue afirmando ser inegável o vínculo entre as intenções desta multiplicidade de teorias com alguns conceitos lançados pelos autores ligados ao Pós-Estruturalismo em sentido restrito.


Alguns exemplos, citados por Morais Junior, são: o Pós-Marxismo, onde há confluência dos estudos marxistas e o pós-estruturalistas; a Teoria do “Estranho” e a Teoria Feminista, movimento predominantemente formado pro mulheres, em que se estuda o estatuto cultural dos sexualmente excluídos e das mulheres; e o incremento dos estudos culturais e literários de minorias étnicas, procurando resgatar a perspectiva cultural dos povos marcados pela imposição de padrões extrínsecos na lógica da colonização, movimento este tendo surgido nos EUA mas que abraça a contribuição de vários teóricos importantes dos países em desenvolvimento, como Milton santos e Eduardo Galeano.


O pensamento contemporâneo oferece uma gama variada de instigantes aportes teóricos que favorecem práticas sociais libertadoras. Estabelece-se assim um “novo imaginário político” conforme a terminologia de Laclau e Mouffe.

No lugar de uma confrontação social exclusivamente determinada pelos pressupostos de classe, as contestações abrangem questões variadas como aquelas relativas ao espaço urbano, à ecologia, às formas de autoridade e de instituições repressoras, às praticas de consumação de serviços [o consumismo presente no universo capitalista], à burocratização administrativa, tanto quanto o problema da desigualdade econômica. (MORAIS JUNIOR)


Nota-se por estes apenas alguns exemplos como a Filosofia Contemporânea influenciou e ainda influência nossa atual contextualização numa totalidade cosmológica, ou seja, de como vemos, interagimos e transformamos o mundo.

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