segunda-feira, 25 de maio de 2009

Recapitulando os textos de minha autoria

Por Fabrício S. Lopes

Um túnel no fim da Luz


Quão ignorantes conseguem ser os vermes.
Rastejam, rasteja em nome de sobrevivencia.
Gritam por seus valores, muitas vezes
Enfurecidos. Às vezes sem plena consciencia.
Do que realmente querem ou dizem.
São vermes inundados em pura terra,
Na terra de suas próprias mentes férteis,
Cujo dizem ser pela Luz regadas.

Luz, Luz ofuscante capaz de cegar
Quem tão nela concentra seus olhares.
Estes olhares podem os entolecer,
De tanto se afogarem na busca da arrogância
De alguns imutáveis e dogmáticos saberes.

"Sempre há uma luz no fim do túnel",
Mas nem toda Luz tem um túnel a qual pertença
E nem, este último, no qual seja perceptível
Que seu caminho leve a Verdade.

E este instinto dos vermes por túneis,
Sem se preocupar com a ofuscação da Luz,
Ou mesmo onde os carregará o caminho
Percorrido, sofrido, em que cada verme
É responsável e culpado por sua Vital Cruz.

Vermes, vermes.
Vermes, nós.
Vermes, vermes, nós.
Vermes, nós vermes.


EsCúpido


Belas palavras que tocam o coração,
Até mesmo de um em que o seu sangue resfria
Cada vez mais, mais e mais a cada dia.

Como o mais resistente diamante
Que não resiste à erosão constante,
Novamente sangue em meu corpo e mente há.

Nem o mais brutal e sangue-frio ditador
De palavras-flechas de amor
Ao ser flechado seus efeitos em si próprio negou.

De mesma forma, por mais que tenhamos
Nos banhado nos inesquecíveis rios de nossas vidas,
No final nadamos contra correntezas
De desafetos e confusões, e sobrevivemos.

Mas, como diria o sábio filosófo grego,
"O rio é sempre o mesmo, contudo,
As águas que o preenchem são constantementes renovados".

Um dia aproveitamos estas águas límpidas,
Puras, amorosas, nos esquecendo de todo resto.
Até que, enfim, uma corrente inesperada...

Arrebatou-nos por caminhos bifurcados
Do mesmo Rio do Amor que nadavamos.
E subitamente ao olharmos para os lados...

Um de nós dois ao afroxar o aperto de mãos -
Nosso símbolo de entrega total um ao outro,
Nosso porto-seguro, nossa vontade de enfrentar tudo e todos -
Separou, como se não bastassem os esforços alheios,

Ao nos jogar à correntezas pedrajosas,
Rio abaixo, a escorrer em nossos olhares lástimas,
Não de Anjos, mas ao som de gargalhadas,

Cantos de vitória, gargalhadas de quem sempre quis nosso fim!

Tempos passaram, as águas se acalmaram.
Entretanto, sinais de maré ainda remanesceram,
Atrapalhando nosso retorno as bordas do rio,

O rio que já nadamos juntos, cujo as águas mudaram,
Cujo os mergulhadores são os mesmo, todavia, diferentes.
Entretanto, em busca de reencontrar meio aos restos da Amizade,

Amizade profunda, leal e sincera, mas tal contemporânea busca
Repleta de encaustos do passado, via destino ocasionados,
Ou pelos envolvidos - sem motivo lógico - provocados.

Enfim, qual a saída deste beco sem saída,
No qual ambos não querem sair lesados,
Muito menos separados amistosamentes
Isto é, sem deixar tudo que existiu ir pelo ralo?

Um comentário:

monólogo galo na rinha disse...

Gostei de "caminhar" pelo seu blog!
Equipe BANCO ALTO E UMA LUNETA agradece o privilégio de estar entre os blog amigos.
Abraço,
Alexandra