quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Poesia (sem nome)

Viver, verbo do cotidiano alimentado
do sangue, da seiva e de sentimentos carregados.
Carregados, arrastados forçados, ou não
Verbo direto, agente da passiva condição humana.
Hemoglobina que nos preenche
apaixonante, odiante, mente.
A flor desabrochante da roseira.
Sua flor: a rosa dos ventos.
Mãe de colo aconchegante
de bondade, maternidade, amor.
Acolhendo-nos em seus puros sensos.


Vir ver o dia que nasce meia noite
desconfigurado, fora de hora,
amargurado, um estranho viajante.
Este que somos nós,
- encruzilhados entre nós -
nas longas trilhas
desta curta e longígua vida.


(Fabrício Lopes)

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