quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Poesia "O samba da vida que não muda"

Veja o homem passando ali em frente
De terno e gravata, brilhando os dentes.
Noutro lado um caido, pobre, sofrido,
Este não desiste, enfrenta o mundo concorrido.
O outro só sombra e água fresca, ou whisky.

Espadas e tecnomagias na batalha cotidiana.
Planaltos de poder público, rédeas imundas.
Talvez se baixar Oxalá ou se Espírito Santo subir
A situação, a linguagem bilingue da vida, mude.
Ou venda-se ao homem de terno: "-vai um money?"

Sambe, Sambe meu filho, enquanto ainda há tempo.
Balance, Balance meu camarada, na social navalha.
Sambe, Sambe meu filho, enquanto ainda há tempo.
Jogue, Jogue-se frente ao farol, tente a viver a vida.


(Fabrício Lopes)

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