quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cordel III - Verena à vereda

Uma vez mininha, bem magrinha,
cujo padastro tinha uma pequena tenda
onde de fruta, legume e verdura se via.
Mas a menina estava à sutil vereda,
sua mãe da luta da vida se retia
e seu falso pai a punha à venda.

De menina a moça, sem vida nova,
Verena, seu doce nome, já era!
Agora era "Veronica" a cada canto,
esquina, passeio, em que exercera
sua nada inocente anciã profissão.
De doce Verena à Veronica raparigueira.

Em plena flor da idade, uma catástrofe,
da mãe desvalorosa da vida dizia "adeus".
Seu padastro, logo queria de Verena
torna-la sua nova cabrocha ; "-oh Deus"
foi o que ela pensou antes de comenter
o ato que nunca desejou aos seus...

Ao falsa pai e futuro, quem sabe, dono
levantou suas fina e acariciosa mão
carragada de uma garrucha preparada
para dar logo o tiro nele, sua libertação.
Hoje, ela virou de vez Verena e fugiu
da antiga vida à vereda, e a ela volta não!

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